Conheça sua primeira série sueca: "Äkta människor"

Akta o quê? Calma gente isso não é um palavrão, mas sim uma série sueca, cuja tradução em português seria algo como “Pessoas Reais”.

Ficha Técnica

Gênero: Drama/Ficção Cientifica

Temporadas: A primeira teve 10 episódios e a segunda já foi confirmada para agosto de 2013

Criada por: Lars Lundström

Direção: Rikard Borggård

Estúdio: SVT

Ano: 2012

História

A história acontece no presente, em um universo paralelo, numa cidade da Suécia onde humanos e androides humanoides (na série chamados de hubots) coexistem, mas este últimos são utilizados nos mais diversos ramos de trabalho, como indústria, comércio, ou até como companhia para pessoas solitárias (sim tem um pouco de sexo na série, mas é menos apelativo que as séries HBO),. Entretanto, alguns destes hubots começam a desenvolver consciência própria, se saem andando errantes pelo mundo, em busca das respostas e anseios que a sua recém-descoberta “liberdade” lhes pode proporcionar.

Na história temos Leo (Andreas Wilson), Mimi (Lisette Pagler) e Niska (Eva Rose) que são membros destes novos hubots que desenvolveram esta consciência autônoma e lutam pela liberdade e por recarga de eletricidade (sério que você reclama da bateria do seu smartphone? Veja o tanto de vezes que esses hubots recarregam as baterias durante a série). Leo tem um envolvimento amoroso por Mimi, que no início da história é sequestrada por um grupo que roubam hubots e os reprogramam para venderem novamente a preços mais baratos (é tipo um mercado de segunda mão). Mimi é reprogramada e passa a ser empregada na casa da família England passando a se chamar Anita. Nesta nova família temos a advogada Inger (Pia Halvorsen), que no inicio é muito relutante pelo uso de hubots em sua casa, mas que vai aprendendo a aceitar Anita como um membro da família.

Em outra “frente” da série, temos Roger (Leif Andree), um pai de família e o capataz de um armazém, marido de Theresse (Camila Larsoon) e pai de Kevin (Fredrik Silbersky). Theresse compra um novo hubot personal trainer, Rick (Johannes Bah Kuhnke), por quem passa a ter relações afetivas devido a uma reprogramação ilegal encomendou pela própria, a fim de torna-lo, se assim podemos dizer, uma Sex-machine, chegando posteriormente a troca seu marido por um robô. Roger, que não é bobo nem nada, fica irritado por ser trocado por um androide, o que o leva a entrar para uma organização chamada Äkta människor, ou Real Humans, que luta contra esta sociedade construída em conjunto dos hubots, querendo que todos eles sejam destruídos.

No meio disso tudo temos investigações criminais de homicídios cometidos por hubots, que são investigados por uma força tarefa especial da polícia, própria para investigação deste tipo de crime.

Opinião

Somente com este plano de fundo talvez não tenha conseguido despertar a curiosidade de vocês, entretanto foi o que eu consegui sem revelar muitos spoilers. A série é muito boa e eu me surpreendi positivamente com ela, pois é muito bem construída, tem uma velocidade consistente. Os episódios tem entre 45 minutos e 1 hora, entretanto você não fica cansado de assistir, e sim ansioso pelo próximo. Como dito anteriormente, é uma produção do canal sueco SVT, e tenho que admitir que, por incrível que pareça achei esta série de uma forma muito estranha (nem me lembro bem com que termo eu pesquisei no Google, mas algo sobre séries sci-fi), e acabei caindo em um pequeno texto da Veja, que me despertou a curiosidade e resolvi dar uma chance.

Os personagens, como eu disse são muito bem construídos, e você percebe muito bem a evolução de cada um deles. Muitos começam odiando os hubots, e depois passam a aceita-los, e, por sua vez, pessoas que os aceitavam passam a odiá-los. A história é cheia de reviravoltas e surpresas, devido a muitos personagens não serem quem eles parecem ser, ou seja, a série rende momentos muito interessantes. A busca de Leo por Mimi e as relações afetivas entre os humanos e os hubots garantem cenas e citações que põem o espectador a pensar sobre o que ele faria se estivesse no lugar de cada um dos personagens da trama, pois o fato da história acontecer em um mundo paralelo deixa ainda mais próxima esta abordagem.

Os efeitos especiais e a maquiagem dos hubots são muito bem feitos, e os cenários e localidades são realmente muito convincentes, parecendo mesmo que são locais reais, e não apenas um cenário dentro de um estúdio. Com um olhar mais crítico, é possível perceber o cuidado da equipe para deixar todos os locais com os seus mais perfeitos detalhes intocados.

Entretanto, algo que eu não gostei é que, apesar desta busca incessante por eletricidade, muito importante para os hubots, elas são feitas em demasia, tendo muitas em que os androides estão buscando energia, recarregando ou desligando por não ter energia. Sinceramente, poderiam ter projetado esses robôs com baterias mais inteligentes ( :P). Brincadeiras à parte, isso torna a série um pouco repetitiva, mesmo que isso não é algo que seja tão grave.

Outro probleminha que algumas pessoas podem encontrar é porque eu não achei legendas em português. O áudio é em sueco e assisti com legendas em inglês, mas não é difícil achar um torresmo na baia dos piratas (se você me entende) da 1ª temporada completa com legendas em inglês, a segunda sai em agosto de 2013.

Para finalizar, se você procura algo diferente para assistir, é fã do gênero sci-fi, ou gosta de séries que te fazem usar um pouco a cabeça, Real Humans pode ser uma ótima alternativa (e bota alternativa), para você aproveitar.

Nota: 8.5

Por JP

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Comentário do César: Realmente, bota alternativo nisso!!! Nunca tinha nem ouvido falar dessa série, mas o texto do JP conseguiu me despertar a curiosidade quanto à Äkta Människor (belo nome xD), principalmente por esse lado humano dos robôs, que aparentam muita semelhança com “Eu Robô” e toda a obra de Isaac Asimov.